ZÉ GENERAL
Autor: Eduardo Filizzola
Solo:
Ele já foi um cara bom
Honesto
Trabalhador
Coro:
Zé Latrina!
Solo:
Zé Latrina limpava privada no bordel
O patrão ladrão um dia não pagou
Ele entrou na justiça
Na esquina levou um pau
Foi desovado meio morto em Vigário Geral
Nunca mais achou emprego
Virou Zé Açougue, então
Coro:
Zé Açougue
Solo:
Pôs anúncio no balcão pra vender o rim
E comprar um botequim
Apareceu um cidadão
Quis comprar o coração
Ele propôs uma troca: o coração pela cabeça
Coro:
Negócio ruim…
Solo:
Mudaram de conversa
Zé queria um emprego
Cidadão propos um bico
Pra vestir de jacaré e passear na praia
Coro:
Dez pau a hora
Solo:
Lá foi o Zé Jacaré
Passou perto do circo
Se ofereceu: sou divulgador
Coro:
Tem vaga pra domador
Solo:
Pode soltar a onça
Solta lá, solta lá
Coro:
Solta lá!
Solo:
Veio uma pintada braba
Com vinte anos de Lapa
Zé Garanhão pegou a bicha pelos peitos
Deu-lhe uma chave de orelha
Ela revirou os olhos
A platéia delirou
Coro:
É um general!
Viva o Zé General!
Solo:
Então ele deitou e rolou
Lançou até candidatura
Era contra a ditadura
Queria ser o primeiro general eleito pelo povo
Com seu prutuguês errado
Foi pra praça carregado
E eleito deputado
Coro:
Viva o doutor José General!
Solo:
E assim que se elegeu jurou roubar quem lhe roubou
Foi assim que a classe o respeitou
Mamar pra não ser mamado
É do Brasil o ditado